BOB MARLEY
Vida de Bob Marley
Bob
Marley nasceu no pequeno condado de Nine Miles, no estado de St. Ann,
na Jamaica, em 6 de fevereiro de 1945. Filho de um militar inglês branco
e uma negra, Bob foi criado sem o pai, que o abandonara antes mesmo de
nascer. Mas foi no gueto de Trench Town, para onde se mudou mais tarde,
que Bob começou a fazer história. O gueto era um lugar pobre, perto da
capital da Jamaica, Kingston, para onde migravam camponeses de toda a
parte do país, para tentar uma vida melhor na cidade. Foi lá que Bob
conheceu seus primeiros parceiros musicais, Winston Hubbert Mcintosh
(Peter Tosh) e Bunny Livingstone (que mais tarde passou a se chamar
Bunny Wailer)e mais tarde sua mulher, Rita. Foi frustado com a carreira
de ajudante de soldador, que Bob, finalmente, resolver tentar a carreira
musical. Em 1961, Bob, Peter e Bunny montam os Wailing Wailers. O
primeiro compacto foi "Judge Not". Daí para o primeiro Sucesso, "Simmer
Down" se passaram 3 anos. O rythim'n'blues americano associado ao som
local, o mento, formava o ska, que contagiava a ilha. O reggae foi uma
evolução do ska, que foi ficando mais lento, já que os dançarinos da
época reclamavam do calor que sentiam ao dançar o rápido ritmo. Em 1966,
Cedella, mãe de Bob, batalhava algum dinheiro nos EUA e Bob foi morar
com ela, mas antes casou-se com Rita, no dia 6 de fevereiro do mesmo
ano. Bob foi para os EUA e trabalhou na fábrica de montagem da Chrysler,
mas 7 meses mais tarde estava de volta à Ilha, onde encontra uma
Jamaica diferente, que vivia sob o impacto da filosofia rastafari,
devido à visita de Hailé Selassié, dito descendente do rei Salomão com a
rainha Sabá, fato que influenciaria muito suas músicas. Em 69, os
Wailers se juntam a Lee Perry, um mago do reggae, e juntam-se a nomes
como Aston "Family Man" Barret (baixista) e Carlton Barret (bateria).
Com essa nova formação, os Wailers, chamam atenção de Chris Blackwell,
branco e rico, que funda o selo Island e resolve investir no reggae.
Chris consegue dar ao grupo um tratamento igual ao dado às bandas de
rock da época, e sob tais condiçães o álbum "Catch a Fire" é lançado,
1973 Em 73, mesmo, os Wailers lançam outro disco: Burni', onde gravaram
"I Shot The Sheriff", junto com Eric Clapton. Com esses dois discos, Bob
ganhou uma mansão de Blackwell na área nobre de Kingston. Após esse
fato, Peter Tosh saiu da banda para tentar uma carreira solo e Bunny foi
pelo mesmo caminho, por que tinha medo de viagens de avião. A banda,
então, mudou o nome, passou a se chamar Bob Marley & The Wailers, e
as vagas deixadas por Peter e Bunny passaram a ser preenchidas pelas
I-Threes, grupo vocal formado por Rita Marley (esposa de Bob), Marcia
Griffiths e Judy Mowatt. O primeiro álbum da nova era foi "Natty Dread",
que tinha hits como "No Woman No Cry" e "Lively Up Yourself". Já
consagrados internacionalmente Em 75, o grupo fez um show histórico na
Inglaterra (Lyceum, Londres), de onde saiu o disco "Live!", lançado em
no mesmo ano. O ano de 76 foi conturbado: lutas políticas na Jamaica e o
assassinato de Hailé Selassié por seus próprios soldados (que resultou
na música "Jah Live"). No meio de tantas pedradas, Marley lançou o álbum
"Rastaman Vibration". Com esses lançamentos constantes de novos álbuns
podia-se verificar a facilidade com que Marley compunha suas músicas.
"War", influenciado pela situação que se passava foi o destaque do
disco. Nesse mesmo ano, Bob sofreu um atentado a tiros em sua casa.
Levou um tiro no braço, enquanto Rita levou um de raspão na cabeça e
Blackwell, vários tiros. O atentado assusta Bob, que se mudou para
Londres. Lá, Bob apadrinhou o movimento reggae local e viu surgimento de
grupos como Steel Pulse e Aswad, lançou também dois álbuns, "Exodus"
(1977) e "Kaya" (1978). A turnê européia serviu de combustîvel para o ao
vivo "Babylon By Bus", em 1979. Ainda na Europa, Bob machucou o pé numa
partida de futebol - o mesmo que já havia ferido seriamente dois anos
antes. O machucado virou uma infecção feia e os médicos sugeriram a
amputação do dedo. Por motivos religiosos, o cantor negou a ação médica.
A infecção progridiu para um câncer e tomou posse de Bob. No livro
"Catch A Fire", a mais completa biografia sobre o cantor, o jornalista
Timothy White afirma que a doença "corroeu Bob por dentro como as
formigas atacando um ackee (fruta tîpica da Jamaica)". Em 1978, saiu o
disco "Survival", inspirado na viagem de Marley à África. A música
"Zimbabwe" tornou-se símbolo das manifestações políticas daquele país.
Bob e os Wailers são convidados para tocar no show de independência do
país. Antes disso, Bob visita o Brasil, onde jogou bola com Chico
Buarque. Em 1980, Bob ainda lançou o disco "Uprising", que inclui a mais
bonita e melodiosa música de Bob Marley: Redemption Song. Talvez, por
acaso, a última que Bob compôs. Ela fala da retirada cruel dos escravos
da África, e é um estîmulo para que os africanos não se deixem dominar
pelos povos da Babilônia (europeus). Ainda em 1980, Bob desmaia durante
um show no Central Park, NY. O câncer se alastra por pulmões, fígado e
cérebro. Ele se interna na clínica do Josef Issels, na Áustria, para um
tratamento com bases naturistas, sem resultados positivos. De volta à
Miami e sem os dreadlocks - perdidos em inúmeras seções de quimioterapia
-, o "Honorável" Robert Nesta Marley (título que ganhou do governo
jamaicano no dia de seu enterro, por sua contribuição, dentre outras, a
cultura loca) morre no dia 11 de maio de 1981. Aos 36 anos. Bob é
cremado ao lado de um pote de ganja, sua inseparável Gibson Les Paul e
uma Bíblia aberta. Suas cinzas repousam em St. Ann, lugar onde o cantor
nasceu. Muitas pessoas só conhecem Bob Marley e conseqüentemente o
repudiam por causa do seu amor à marijuana. Talvez não saibam que a erva
era sagrada não só para ele, mas como para todos os rastafaris. A erva é
para eles como a bebida, o álcool é para nós, e assim como nos
repudiamos a erva, eles repudiam o álcool. Mas talvez poucos conheçam o
lado lutador de Bob. Pode-se comprovar em suas letras que Bob
considerava a África seu lar espiritual e ficava inconformado com o
domínio europeu que sempre pairou sobre a mesma. Bob foi um homem bom,
generoso. Ajudava os pobres, não ligava para o dinheiro que ganhava. Bob
Marley foi mais do que um simples cantor. Bob foi o primeiro artista
vindo do Terceiro Mundo a conseguir um prestígio internacional
considerável, numa época que o "iêiêiê" dos Beatles era ouvido
cansativamente por todos. Bob foi um idealista, um autodidata, que mesmo
sem ter estudado, impressionou o mundo com sua inteligência. Bob é uma
lenda, e como todo texto sobre ele tem de terminar assim desse jeito, a
lenda continua (The Legend Lives On)...
A História do Reggae do Maranhão
A História do Reggae do Maranhão
No início
dos anos 60, com a independência da Jamaica,
a população local teve a necessidade de criar um ritmo que simbolizasse o novo
contexto, então começaram a fazer uma mistura de ritmos que originou o Ska (Ritmo
Instrumental Agitado), com ênfase nos instrumentos de metais. Os músicos deste
estilo normalmente tinham uma ótima formação musical.
Neste período, a Jamaica vivia em frenesi
musical, tendo uma produção intensa. Tentando descobrir novas formas de tocar o
ska, os músicos da época transformaram-no num outro ritmo. Surge o Rock Steady,
as batidas desaceleraram, houve um cadenciamento do ritmo e a inserção da voz.
Pela primeira vez, a música torna-se instrumento de denúncia social. Porém, num verão extremamente quente, sem se
saber ao certo quando, tão pouco como, o rock steady sofre alterações. As
linhas de baixo são mais definidas, o trio baixo, guitarra e bateria ficam em
primeiro plano, a voz permanece, porém não mais como denúncia, e sim com letras
de amor, paz e esperança. Surge o reggae.
A Jamaica é uma nação insular localizada no mar das Caraíbas (mar do Caribe),
extensa 234
quilômetros de leste a oeste e 80 quilômetros de
norte a sul. Situa-se a cerca 145 quilômetros ao sul de Cuba e a 190 quilômetros a
oeste da ilha de Hispaniola (onde se localizam o Haiti e a República Dominicana.
É o terceiro país anglófono mais populoso das Américas, superada apenas pelos
Estados Unidos e Canadá. Sua capital e maior cidade é Kingston.
O reggae é um
estilo musical nascido em uma conhecida ilha do Caribe, a Jamaica. O cantor e
compositor Bob Marley é um dos maiores ícones deste ritmo, o mais conhecido em
todo lugar, quando se fala em reggae,
automaticamente se relaciona Bob Marley ao reggae, eternizado com sucessos
como, Three Little Birds, Is This Love e outros. Bob Marley, até mesmo nos dias
de hoje, ainda faz sucesso. Amarelo, vermelho e verde simbolizam as cores do reggae. Este estilo musical surgiu nos
chamados “bairros de lata” da Jamaica, que se tratavam de bairros da periferia
com enormes quantidades de barracões de zinco, como o som do gueto. O reggae foi uma maneira que os negros
encontraram para mostrar sua insatisfação com a realidade vivida por eles e
manifestar sua revolta com o preconceito sofrido e assim criar forças para
mostrar que suas raízes também eram valiosas. Com o reggae vieram ventos de renovação de idéias, atitudes novas
surgiram até mesmo no modo de se vestir.
“O ritmo se
divide em três subgêneros: o Reggae Roots (reggae
de raízes), o Dancehall Reggae, que é ligado
constantemente à religião; e o Reggae Eletrônico, mais recente e ouvido pelos
Maranhenses”.
Albuquerque afirma que na cultura
popular jamaicana durante os anos de 1940, surgiram os primeiros sistemas de
sons: os sound-systems, conhecidos
como o berço do reggae, abrindo
caminho para a chegada do ritmo. Somente
em 1962 eles tornaram-se populares. Como na Jamaica era difícil o acesso das
pessoas à musica, os sound-systems
levaram a música até as pessoas.
Um sound-system
era composto por uma caminhonete com várias caixas de som, e amplificadores
muito potentes. Os sound-systems eram
comandados por DJs que tocavam as melhores músicas da época nos bairros da
capital jamaicana, Kingston.
Os donos dos mais poderosos sound-systems da época eram, Dodd e
Reid, dois poderosos empresários da época, faziam uma grande disputa para saber
quem era o melhor. Reid lançou uma música titulada Miss Jamaica de um garoto
que adotou o nome artístico de Jimmy Cliff. Dodd também tinha um garoto de
ouro, chamado Robert Nesta Marley, que gravou uma série de compactos para Dodd,
o mais famoso deles foi Simmer Down, e mais tarde o garoto passaria a se chamar
Bob Marley, o eterno rei do reggae.
Marley abriu portas para o novo ritmo e foi com o disco de Bob Marley e Peter
Tosh chamado, Catch a Fire, que o ritmo
que contagiou a Jamaica passou a se chamar reggae.
A partir da segunda metade dos anos 1960, o
reggae se espalhou pela Jamaica. Ele
surgiu de maneira tão intensa que também chegou à Europa e aos Estados Unidos e
se espalhou pelo mundo, chegando ao Brasil e conseqüentemente ao Maranhão.
Conforme
Silva (2001) não se sabe bem como o reggae
chegou a São Luís do Maranhão. Muitas são as histórias e versões contadas
pelos colecionadores, discotecários, donos de radiolas, djs e locutores de rádio.
Uma das histórias mais aceitas é que
esse estilo musical chegou à capital, São Luís, penetrado em terras maranhenses
pelo Porto Itaqui em São Luís,
trazida por marinheiros oriundos da Guiana Francesa, que trocavam os discos de
vinil com os maranhenses por mercadorias. Outra versão é que no começo dos anos
1970, um apreciador de músicas caribenhas daquela época chamado, Riba Macedo, teria tido
acesso a alguns discos de reggae vindos de Belém (estes, por sua vez, contrabandeados
da Guiana Francesa) e teria começado a levá-los a festas “regadas” aos sons do
Caribe, festas promovidas por donos de radiolas, como “Carne Seca”
(José de Ribamar Maurício Costa).
Os freqüentadores destas festas,
mesmo não sabendo o nome daquele ritmo, aprovaram a sua cadência mais vagarosa
e já buscavam seus pares no momento em que os “reggaes” eram executados. Dançavam-no de forma similar aos
outros ritmos caribenhos, num intenso deslizar de corpos, com movimentos de muita
sensualidade. Desta “interferência de passos” nasceu uma das particularidades
do reggae maranhense, o dançar agarradinho, e, hoje,
“[...] São Luís é o único ou um dos poucos lugares do mundo onde se dança
reggae aos pares”
Dentre
tantas histórias, o que se extrai de mais importante é que, esse estilo musical
conquistou o Maranhão e com suas batidas
lentas, e boas de dançar e curtir o reggae
se firmou em terras maranhenses.
Segundo
Silva (1995), o reggae chegou a São
Luís, e agradou aos moradores da ilha, principalmente da periferia da capital.
O fato do Maranhão possuir grande quantidade de negros assim como a Jamaica,
resulta em certa identificação étnica, assim como um gosto comum por ritmos de
origem africana. Assim, o reggae caiu
nas graças da população maranhense. Os cantores que fizeram sucesso em anos
atrás na Jamaica, ainda estão presentes nas festas de reggae de São Luís. Os sucessos que se ouviam antigamente e
atualmente na Jamaica, são os mesmos que se ouvem hoje em São Luís, um reggae cadenciado e lento, dançado aos
pares nas pistas dos clubes de reggae
de todo o estado, por conta dessa adoração pelo ritmo jamaicano. São Luís
tornou-se um circuito independente na história do reggae.
“São Luís: trata-se de um mundo à parte, com gírias próprias (Ex: pedras, é um grande sucesso do reggae, uma música que agita a galera nas festas) e ídolos particulares como Eric Donaldson e Gregory Issacs, São Luís é auto-suficiente”. (ALBUQUERQUE, 1997, p. 151).
“São Luís: trata-se de um mundo à parte, com gírias próprias (Ex: pedras, é um grande sucesso do reggae, uma música que agita a galera nas festas) e ídolos particulares como Eric Donaldson e Gregory Issacs, São Luís é auto-suficiente”. (ALBUQUERQUE, 1997, p. 151).
O não era fácil curtir o ritmo do reggae em São
Luis, os donos de radiolas
e colecionadores, pagavam quantias muito altas para ter exclusividade sobre um
LP, alguns donos de radiolas chegavam
a financiar viagens de algumas pessoas para a busca de LPs raros na Jamaica,
Holanda e França. O que impulsionou a disputa das radiolas foi a exclusividade sobre os LPs, os donos de radiolas que possuíam LPs com reggaes comoventes e raros ganhavam a
preferência dos regueiros, que iam
aos bailes em busca de reggaes
envolventes e novos, para dançar ou somente para ouvir, e as radiolas possuidoras destes reggaes tinham a preferências dos regueiros que compareciam em grande
número nos shows. Esta “[...] capacidade de manter a exclusividade
fonográfica garante a alguns proprietários de radiolas a permanecer em evidência junto à comunidade regueira, e, por sua vez, é a comunidade
que nesse ranking elege os melhores, independente do tempo de existência da radiola ou do clube.” (Silva, 2001, p.121).
O reggae não foi o primeiro ritmo a ser
tocado pelas radiolas do Maranhão. Antes
do reggae elas tocavam outros ritmos
caribenhos, tais como a salsa, o merengue e o bolero. Estes ritmos eram
dançados nos salões de São Luis e do interior (principalmente da baixada maranhense)
até meados dos anos de 1970. Os freqüentadores destes salões de dança mesmo não
sabendo o nome daquele ritmo, aprovaram sua cadência mais vagarosa, e já
procuravam seus pares no momento em que o discotecário começava a tocar os reggaes. E dançava o reggae de forma parecida aos outros
ritmos caribenhos, num intenso deslizar de corpos, com movimentos de muita
sensualidade e entrega ao ritmo dançado. Desta maneira de dançar, nasceu uma
das particularidades do reggae
maranhense, o “dançar agarradinho” e, hoje, “[...] São Luís é o único ou um
dos poucos lugares do mundo onde se dança reggae
aos pares” (SILVA, 1995, p.25).
Desta forma, o reggae foi aos poucos se firmando em
terras do Maranhão e no gosto musical dos maranhenses, e na década de 80/
começo da década de 90, firmou-se em São Luis como o principal ritmo da periferia da
capital, que passou a ser chamada de Jamaica Brasileira ou Capital Brasileira
do Reggae, neste momento de grande aceitação deste ritmo por parte da
população, as radiolas quase não
tocavam mais outro ritmo; sua preferência passou a ser a execução de reggaes que, a partir daquele momento,
tornaram-se verdadeiras pedras preciosas (SILVA, 1995, p.53).
Atualmente o reggae está
disponível para download na internet, porém as radiolas ainda buscam os LP’s
originais, uma vez que “a essência do reggae maranhense é o chiado da
bolachinha” (SILVA, 1995, p. 57).
O reggae no Maranhão é dividido em dois
grupos, o mais antigo que veio da Jamaica, chamado de Reggae Roots cantado por
grandes ídolos mundiais como Bob Marley, Peter Tosh, Jimmy Cliff, Gregory Isaac
e vários outros, caracterizado pelo uso do baixo e da bateria em primeiro
plano, deixando os outros instrumentos como acompanhamento secundário. O outro,
é o que vem sendo mais pedido e tocado em festa é o reggae eletrônico, o mais recente tipo de reggae que é cantado por cantores locais como Toty, Rosy Valença,
Dub Brown, Mr. Clebber, Ricardo Luz e vários outros, que vêm fazendo com que o reggae eletrônico de São Luís ganhe
destaque em todo país. O reggae dos
cantores maranhenses é caracterizado pelo uso do contrabaixo elétrico e pelo
bumbo da bateria, alguns utilizam até o teclado elétrico. Hoje cantores
internacionais de reggae moram em São Luis como, Eric
Donaldson, Sly Fox, Roney Boy e Bill Campbell que fazem sucesso e são grandes
ídolos do reggae Maranhense.
A
exclusividade mantém-se não mais por meio de viagens internacionais, mas pela
encomenda de músicas pelos proprietários das radiolas. Com isso, cantores jamaicanos que moram em São Luís, como Norris
Colle e Bill Campbell ou mesmo cantores locais como Dub Brown, compõem suas
músicas (às vezes até ao gosto da radiola), vendem-nas e um contrato de exclusividade é
cumprido; a música só poderá ser executada pela radiola que
a encomendou até o lançamento do cd do cantor. Estas encomendas musicais são
negociadas a preços astronômicos, e pode-se, certamente, inferir-se por meio
deste fato que a posse de exclusividades ainda é a grande vedete do reggae.
O público do Reggae
Segundo Silva (1995), em São Luís existem mais de
100 salões de reggae espalhado em toda capital maranhense, inclusive, em áreas
nobres de São Luís. O reggae é freqüentado por todos: negros, brancos, jovens,
adultos e pessoas da terceira idade.
Quando
alguém fala do ritmo, os ludovicenses já o relacionam a lazer, alegria, modo de se divertir com os amigos. Em São Luís, quem gosta de
reggae é regueiro que busca curtir as melhores pedras.
Hoje, na capital ludovicense é comum
ver uma criança na porta de casa dançando reggae, pois nascem ouvindo o ritmo.
O reggae acontece todos os dias em
bares, em clubes e salões que apresentam o ritmo como atrativo.
“(...) é possível
encontrar diariamente crianças dançando reggae nas ruas ao som dos programas de
rádio, no universo regueiro de São Luís não se toca reggae nacional e na falta
de entendimento das letras as musicas são apelidadas de melo, os próprios DJs
já apresentam as musicas com o nome da melo conhecida” (SILVA,
2001, p.115).
HISTÓRICO DO TROFÉU REGGAE DE OURO
HISTÓRICO DO TROFÉU REGGAE DE OURO
1998 - Cia do Som
1999 - Estrela do Som
2000 - Itamaraty
2001 - Estrela do Som
2002 - Rebel Lyon
2003 - Rebel Lyon
2004 - Rebel Lyon
2005 - Estrela do Som
- 2006 - FM Natty Nayfson
2008 - Super Itamaraty
2009 - Super Itamaraty e Musical Neto Discos
2010 - Giga Estrela do Som
Essas são as Radiolas que ganharam o Troféu Reggae de Ouro. O evento premia a radiola que fez mais sucesso no ano. e a ganhadora do Troféu Reggae de Ouro do ano de 2011 foi a Radiola de Reggae Giga Estrela do Som.
CARNAVAL DE SÃO LIZ MARANHÃO
Edição do dia 21/02/2012
21/02/2012 22h03 - Atualizado em 21/02/2012 22h03 Bloco de reggae arrasta legião de rastafaris empolgados em São Luís
Trio elétrico traz um pouco da Jamaica para o carnaval brasileiro.
Na beira da praia, a nova geração ouve o chamado e se agita. O que significa o ritmo jamaicano para as crianças? Suingue e resposta de gente grande. "Amor, alegria e liberdade", diz um menino.
O som vem do trio que se aproxima. É na batida do reggae que esse carnaval se diferencia dos demais. O trio elétrico arrasta uma legião de rastafaris empolgados.
“Vem de nós, vem de dentro. Quando escutamos reggae, o ritmo vem logo e dá vontade de dançar. É inexplicável”, diz a bailarina Maria Cristina.
O bloco do reggae foi criado há seis anos para atender a um público apaixonado pelo ritmo jamaicano e que tem o reggae não só como estilo musical, mas também como estilo de vida.
No carnaval, não poderia ser diferente. Por onde passa, o bloco contagia. O que explica porque São Luís é conhecida como a capital brasileira do reggae.
"É um estilo de vida, um estilo musical. Vem do sangue, é parte da nossa vida, sentimento da cultura", comenta o coordenador do bloco, Cláudio Adão.
E logo São Luís se transforma em um pedacinho da Jamaica. O preto, o vermelho, o verde e o amarelo tingem a avenida tomada pelas coreografias desta tribo de foliões.
O cantor Pete Campbell, que veio da Jamaica para o bloco, se disse surpreso em encontrar uma energia tão parecida com a da terra do reggae.
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